O Estudo
Global sobre Força de Trabalho, realizado pela Towers Watson, mostra que apenas
28% dos profissionais brasileiros estão altamente engajados no trabalho. Entre
os demais, 30% estão desengajados, 26% se sentem sem suporte por parte das
empresas e 16% estão desvinculados de suas companhias. “Esse resultado é
bastante crítico. Se considerarmos que as empresas hoje buscam um engajamento sustentável,
isto é, que assegure uma alta performance e um comprometimento de longo
prazo, esses números mostram que as empresas estão bastante vulneráveis”,
explica Carlos Ortega, Consultor Sênior da área de Pesquisas com Empregados da
Towers Watson no Brasil.
O Estudo
Global sobre Força de Trabalho foi norteado pelo conceito de engajamento
sustentável, que é a soma de três fatores: engajamento (vínculo à empresa e
vontade de dar o melhor de si – esforço extra); suporte organizacional (que
proporcione produtividade e alto desempenho); e bem- estar (físico, emocional e
interpessoal).
"Nos
últimos anos, com os empregadores lutando para controlar custos e manter as
empresas competitivas globalmente, a importância do suporte organizacional e do
foco em bem-estar tornou-se muito clara. O resultado positivo depende da união
dos três elementos e só vai manter-se ao longo do tempo com todos funcionando
em perfeita harmonia. As empresas que não se preocuparem em melhorar o ambiente
de trabalho, garantir o ambiente de suporte aos funcionários e criar um
sentimento de vínculo à organização, verão o engajamento dos profissionais
diminuir, afetando diretamente a produtividade e a capacidade de crescimento do
negócio", completa.
Motivações
apontadas pelos profissionais brasileiros
O Estudo
mostra que remuneração e benefícios não são os principais direcionadores de
alto engajamento. Para os profissionais brasileiros, os três principais pontos
que os motivam e os levam a criar um laço com a empresa são: desenvolvimento
de carreira, imagem da empresa e metas e objetivos claros. E, quando se
analisa cada um desses itens, os resultados também não são muito animadores
para as companhias nacionais.
Nas
questões do Estudo sobre desenvolvimento de carreira, 50% dos entrevistados
apontaram que sair da empresa é a única opção para crescer na profissão, 57%
acreditam não ter acesso aos treinamentos necessários para serem produtivos em
sua posição atual e 63% não percebem os programas de treinamento da empresa
como efetivos.
Questionamentos da pesquisa
|
Concordo
|
Neutro
|
Não
concordo
|
A
empresa proporciona oportunidades de desenvolvimento pessoal
|
38%
|
26%
|
36%
|
A
empresa oferece oportunidades de promoção
|
42%
|
25%
|
33%
|
A
empresa oferece ferramentas de planejamento e outros recursos (treinamento,
avaliação, planos de carreiras, job rotation)
|
35%
|
30%
|
35%
|
Empregados
em cargos superiores estão optando por não se aposentar, reduzindo as minhas
opções de crescimento
|
36%
|
38%
|
26%
|
Tenho
acesso ao treinamento necessário para ser produtivo na minha posição atual
|
43%
|
26%
|
31%
|
Os
programas de formação em minha organização são eficazes
|
37%
|
31%
|
32%
|
Considerando
que a imagem da empresa é fundamental para o engajamento sustentável,
observamos uma oportunidade de melhoria quando identificamos que 1/3 dos
respondentes não tem clareza quanto ao tema.
No item
metas e objetivos claros, 46% dos brasileiros não conhecem as metas de sua
empresa, 37% não entendem como seu papel contribui para que a companhia alcance
seus objetivos e 44% não sabem quais as ações necessárias para chegar lá.
“É
preciso remover as barreiras para a realização dos trabalhos. Além de ótimas
condições de emprego, as companhias precisam ser claras ao demonstrar que o
funcionário é valorizado, que ele faz parte da equipe e que terá todo o apoio
para seu desenvolvimento pessoal e cumprimento de suas metas e, com isso,
chegar aos objetivos de negócios da empresa”, afirma Ortega. “O suporte
organizacional é importante para propiciar as condições necessárias para
melhorar a produtividade e o desempenho”, completa.
Em suma,
a pesquisa aponta para um engajamento frágil e não sustentável ao longo do
tempo, caso não haja atenção cuidadosa a alguns elementos específicos do
ambiente de trabalho. O estudo inova em identificar esses pontos e mostrar o
que contribui para o engajamento sustentável.
Sobre o
Estudo
O estudo
da Força de Trabalho Global – Global Workforce Study (GWS) produzido pela
Towers Watson a cada dois anos foi aplicado entre fevereiro e março de 2012. A
amostragem contou com 32.000 profissionais de 28 países que representam
trabalhadores de organizações de grande e médio porte em vários setores.
O GWS tem
como objetivo ajudar as empresas a compreender melhor os diferentes perfis de
funcionários e os fatores que influenciam o desempenho do empregado no
trabalho, através da medição das mudanças de atitudes que afetam a atração, a
retenção, o engajamento e a produtividade.
Globalmente,
a pesquisa de 2012 mostra que 65% dos profissionais em todo o mundo não estão
totalmente engajados no trabalho e estão lutando para lidar com situações que
não oferecem suporte suficiente ou ligação emocional.
Embora
existam variações nas atitudes dos empregados por região, influenciados pelas
condições econômicas locais, o estudo mostra que em todo o mundo os
profissionais estão trabalhando mais horas, se sentindo mais estressados e
preocupados com seu futuro financeiro. O resultado, para os empregadores, é um
aumento no risco de desempenho - baixa produtividade, maior ineficiência e
maiores taxas de absenteísmo e rotatividade, além do aumento dos custos com
doenças crônicas.
Fonte:
Towers Watson Brasil
Disponível em: http://www.towerswatson.com/brazil/
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